Aqui VAI o porquê de nos lançarmos no VAI. E para você que não sabe o que é o VAI, logo VAI entender.
"Desejamos semear. Multiplicar esta
chance que nos será dada em várias chances. Com nossa fazedura, nossa
iluminação, nossa chance de ter nas mãos um instrumento de insight coletivo, um
toque, um estalo, um chamamento, assim como conosco aconteceu.
Queremos e vamos falar de um
personagem específico. O que não o reduz a uma coisa somente. Bem na verdade,
usaremos várias pessoas para contar sobre esse ser. Esse personagem já tentou
ser descrito por Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade, também por
Clarice Lispector, Alice Ruiz e Cecília Meireles, Ferreira Gullar e Paulo
Leminski, Virginia Woolf e Simone Beauvoir, por Júlio Cortázar, Fernando
Pessoa, Eduardo Galeano, e muitos outros que são assim bem conhecidos. Mas quem
fala sobre ele também é um cara aqui da esquina que distribui panfleto na
entrada do metrô, e o apaixonado professor de português do prédio. A menina que
saiu do Paraná e hoje versa aqui em São Paulo. Tem outra que faz poesia, sem
falar nas inovações literárias que um rapaz visionário cria de pano de fundo da
vida.
É algo que mora nos interiores
privilegiados com a sensibilidade e criação, mas premiados com angústia e
incompreensão, as dores do mundo, e que ainda assim vivem e fazem bonito. De
certa forma escolheram isso, mas já não podem escolher mudar de escolha.
E como o carnaval, que nos visitará
em breve, dando a oportunidade de aparecimento, maior vista, e fartos olhos à
folia e alegria dos apaixonados, devotos e também dos passantes, assim será o
VAI para a gente: uma grande festa e comemoração ao trabalho, vida, coisa,
missão, sabe-se lá o quê, que alimenta os dias desses narradores do mundo,
escritores de si, contadores de todos."
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